Hoje no metrô, eu lia um livro de poesias do Drummond.
Em certa estação, entrou no vagão um sujeito que se sentou do meu lado, tirou da mochila um livro e começou a ler. De quem era o livro? Do Drummond.
Tudo bem que a vida é cheia de sincronicidades, mas essa foi especialmente notável.
Eu senti que naquele vagão, Drummond estava presente, nos acompanhando. Ele viajando conosco, a gente viajando através dele.
Em silêncio. Um silêncio cheio de paz e alegria, que emudeceu o barulho da metrópole confinada entre aquelas paredes.
Hoje, Drummond me sorriu. Eu vi.
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ResponderExcluirQuando você diz: " Ele viajando conosco, a gente viajando através dele... Em silêncio. Um silêncio cheio de paz e alegria, que emudeceu o barulho da metrópole confinada entre aquelas paredes..."
ResponderExcluirMe fez recordar de uma poesia de Drummond : " Há certo gosto em pensar sozinho. É ato individual, como nascer e morrer..."
Mesmo ambos lendo publicações de Drummond, preferiram o silêncio dos lábios e o barulho do coração, um prazer de pensarem e interpretarem suas leituras sozinhos, de fato um ato individual como nascer e morrer, entretanto notório, assim como a ação de notar que um segundo corpo no mesmo espaço, se preenche das mesmas riquezas, no silêncio...