terça-feira, 31 de março de 2015

Drummond me sorriu

Hoje no metrô, eu lia um livro de poesias do Drummond.
Em certa estação, entrou no vagão um sujeito que se sentou do meu lado, tirou da mochila um livro e começou a ler. De quem era o livro? Do Drummond.
Tudo bem que a vida é cheia de sincronicidades, mas essa foi especialmente notável.
Eu senti que naquele vagão, Drummond estava presente, nos acompanhando. Ele viajando conosco, a gente viajando através dele.
Em silêncio. Um silêncio cheio de paz e alegria, que emudeceu o barulho da metrópole confinada entre aquelas paredes.
Hoje, Drummond me sorriu. Eu vi.


2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Quando você diz: " Ele viajando conosco, a gente viajando através dele... Em silêncio. Um silêncio cheio de paz e alegria, que emudeceu o barulho da metrópole confinada entre aquelas paredes..."
    Me fez recordar de uma poesia de Drummond : " Há certo gosto em pensar sozinho. É ato individual, como nascer e morrer..."
    Mesmo ambos lendo publicações de Drummond, preferiram o silêncio dos lábios e o barulho do coração, um prazer de pensarem e interpretarem suas leituras sozinhos, de fato um ato individual como nascer e morrer, entretanto notório, assim como a ação de notar que um segundo corpo no mesmo espaço, se preenche das mesmas riquezas, no silêncio...

    ResponderExcluir