De vez em quando
De repente
Surge na minha cabeça, como um sussurro
O som de um pedaço de poema solto, ressoando de tempos
antigos
E eu saio correndo pra lembrar de quem é
Pergunto para o oráculo, ou vasculho meus livros
Um dia foi:
“O resto é a sombra de árvores alheias”
No outro:
“Só te amar é divino, e sentir calma...”
É a poesia chegando de surpresa, para que eu não me esqueça
dela
E meu coração se enche de paz
Igual quando eu penso
No conforto dos números pares
Ou na calmaria das formas redondas
Então eu fico na janela
E aguardo a próxima visita