sábado, 28 de maio de 2016

De volta à Marina Abramović

Há um ano, eu conheci a Marina Abramović. Ontem, nos reencontramos. No cinema. Através de histórias de um Brasil espiritual, que é nosso. Resultado? Metade de mim ficou lá, naquela sala. 
Não sei lidar com o soco na cara que é o trabalho dessa mulher.

Em abril do ano passado, eu conheci a arte imaterial através de uma exposição e do método da Marina Abramović. A experiência me impactou muito, e sinto reflexos dela até hoje (escrevi sobre isso aqui).

Quando eu soube que a Marina lançaria um documentário sobre suas experiências espirituais aqui no Brasil, eu sabia que seria no mínimo, curioso.

E ontem foi o dia de constatar.
Não serei capaz de descrever o que foi aquilo que assisti. Tem coisa que a gente precisa ver pra entender. Pra sentir, pra se impactar.

Quando o filme acabou, eu não pude acreditar. Eu seria capaz de ficar ali o dia inteiro acompanhando aquelas histórias.

Quando saí do cinema, eu sabia que tinha que escrever sobre aquilo de alguma maneira. Mas faltavam palavras. E elas só apareceram quando eu adormeci, em sonho.

No sonho, eu escrevia uma espécie de crítica sobre o filme. Isso porque, ontem - veja só - logo na entrada do cinema, um mural estampava recortes de jornal com críticas dos filmes em cartaz. Em certo recorte sobre o “Espaço além - Marina Abramović e o Brasil”, o crítico dava ao filme uma nota correspondente a 4 estrelas de um total de 5, que se traduzia em “Ótimo”. 
Logo isso, a parte mais insignificante do dia, foi o que fomentou o meu sonho.

Nele, eu escrevia a crítica sobre o filme, mas só lembro do final do texto:

“Merece 5 estrelas?
Merece o céu.”

Quando acordei, pensei: “Merece todas as constelações.”


Críticos, se cuidem ;)


Marina, em uma das cenas do filme


  Espaço Além - Marina Abramović e o Brasil (trailer oficial)