Hoje no metrô, eu lia um livro de poesias do Drummond.
Em certa estação, entrou no vagão um sujeito que se sentou do meu lado, tirou da mochila um livro e começou a ler. De quem era o livro? Do Drummond.
Tudo bem que a vida é cheia de sincronicidades, mas essa foi especialmente notável.
Eu senti que naquele vagão, Drummond estava presente, nos acompanhando. Ele viajando conosco, a gente viajando através dele.
Em silêncio. Um silêncio cheio de paz e alegria, que emudeceu o barulho da metrópole confinada entre aquelas paredes.
Hoje, Drummond me sorriu. Eu vi.