segunda-feira, 23 de dezembro de 2013


Uma vez, assisti a um filme chamado Coisas que perdemos pelo caminho. Melhor do que o filme, é o título dele. Porque há metafísica bastante em pensar nas coisas que perdemos pelo caminho.
Uma rua pode te conduzir a uma cidade nova, e quando se vê você perdeu sua bagagem.
Uma viela pode te conduzir a uma escola estranha, e quando se vê você perdeu seus amigos antigos.
O mar, aquele cigano oblíquo e dissimulado, cobiça teu caminho enquanto tu andas pelas areias, e leva de ti seus passos, suas paisagens, a areia dos seus pés e da sua voz.
Roupas, livros, casas, almofadas, cartas, músicas, pessoas, sons, rostos, feições, lembranças... Coisas frágeis diante das escolhas que fazemos, e tadinhas, candidatas a serem menores abandonadas amanhã de manhã.
Mas não pensemos nisso. Gargalhemos, pois Deus é riso.
Vejamos um filme, uma peça de teatro. Escutemos uma música. Pois a arte existe porque a vida não basta 
E se der, olhemos para o céu, porque se bobear, hoje tem luar, tem claridão.
                                                                                                 22/12/13




3 comentários:

  1. Como pode? você se expressa d'um jeito maneira que nos faz viajar... Você nos convida nos trançados de suas frases, a se ausentar do solo infértil que nos tormenta e nos torna infrutíferos e adentrar em um mundo sadio e afável... Parabéns, eu lhes digo, Parabéns!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Valeu, Cris, mas eu aprendi a escrever com você, né? rsrs
      bjs

      Excluir
    2. Ah se você soubesse o quantos teus ensinos me foram valiosos... ^^,

      Excluir